Ana Luíza Anache - TJ-MT
Denner Jardel Scarcella Gomes, Raimundo Carvalho Rocha Júnior e Eder Willian de Lima foram julgados e condenados pelo Tribunal do Júri da comarca de Cuiabá, nesta quinta-feira (1º de dezembro), pelo homicídio de Louirdes Dias Ferreira. A sessão, presidida pela juíza da 1ª Vara Criminal Mônica Catarina Perri Siqueira, marca a abertura da pauta de dezembro, que contará com 12 julgamentos de 16 réus, sendo 11 deles presos. Os júris seguem até o dia 19 de dezembro, antes do início do recesso forense.
Denner, vulgo “Cascão”, e Raimundo, conhecido como “Raimundão” foram condenados a 13 e 14 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, respectivamente. Já Eder, que tem o apelido de “Eder Jagunço”, recebeu a pena de sete anos e seis meses de reclusão no regime semiaberto. Os três foram penalizados por homicídio qualificado pela aplicação de recurso que dificultou a defesa do ofendido.
Segundo a denúncia, o crime ocorreu em janeiro de 2015, no Lava Jato do Didi, de propriedade da vítima Louirdes Ferreira, situado no bairro Vista Alegre, na capital. Os acusados foram até o local e, enquanto Denner e Raimundo desceram, Eder permaneceu no automóvel para dar cobertura à fuga. Ao perceber a intenção dos dois homens, Louirdes reagiu e chegou a travar luta corporal com Denner. Durante a briga, Denner efetuou os primeiros disparos contra a vítima e, na sequência, Raimundo realizou novos disparos.
Os acusados fugiram e a vítima foi socorrida por familiares e terceiros. Levado para o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, Louirdes não resistiu aos ferimentos na cabeça e faleceu por traumatismo crânio encefálico.
Outros casos – No dia 7 de dezembro será julgado o servente de pedreiro Vagner Sebastião Silva Monteiro, conhecido como “Robson”. Conforme o Ministério Público, em abril de 2007 o denunciado tentou tirar a vida de José Alberto Matilde de Queiroz com um golpe de faca porque a vítima negou, por duas vezes, dar-lhe R$ 10. Diante da segunda negativa, desferiu um golpe na barriga de José Alberto, que conseguiu arrancar a faca e buscar socorro. O crime foi cometido por motivo fútil e o “somente não se consumou por circunstâncias alheias a vontade do agente, pois o mesmo tinha como certa a morte da vítima, visto que cravou uma faca sem cabo com 12 cm de lâmina na barriga da mesma”.
No dia 9 de dezembro, o montador de móveis Santino Florentino da Silva será julgado pelo homicídio tentado contra a ex-companheira Laura Patrícia Pires, em 2007, no bairro Santa Izabel. De acordo com a acusação, no dia do crime o acusado agrediu fisicamente a vítima com tapas, socos e empurrões e tentou matá-la asfixiada e depois com auxílio de uma enxada. “A intenção do denunciado era ceifar a vida da vítima, o que não ocorreu por circunstancias alheias a sua vontade”, diz o Ministério Público.
Confira AQUI a pauta completa de dezembro.
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