::Confraria do Júri::

 
 

 

      

Enquete

Você é a favor da ampliação da competência do Tribunal do Júri para outros crimes seguidos de morte?
 
Sim, para qualquer crime doloso seguido de morte.
Sim, com exceção do estupro seguido de morte.
Não. A competência do Tribunal do Júri deve permanecer a mesma.
Não tenho opinião formada.

 
Ver resultados
 
  
  
     Notícias
 
16/10/2017  - SP: Pesquisa mostra que 62% dos inquéritos de homicídio são arquivados
 
Isabela Leite e Léo Arcoverde - Globonews

Levantamento foi realizado em 149 processos de 2009 a 2016. Ministério Público diz que falta de provas e perícia mal feita são principais causas de arquivamento.

Um estudo do Instituto Sou da Paz analisa, caso a caso, 149 processos de homicídios em São Paulo, e indica que 62% dos inquéritos policiais foram arquivados. O levantamento denominado “Fluxo da Impunidade” estudou processos de 2009 a 2016

O estudo foi obtido com exclusividade pela Globonews e mostra que a maioria dos casos é arquivado por falta de evidências. O começo do problema ocorre no início da investigação, segundo o Instituto Sou da Paz e Ministério Público. De acordo com a Promotoria, sem provas robustas e um laudo pericial bem realizado, eles não podem encaminham denúncia à Justiça e precisam arquivar o caso.

A maior parte dos inquéritos arquivados, que corresponde a 63% do total, por falta de provas e 8% por legítima defesa. Outros 34% dos inquéritos resultaram em denúncia à Justiça, só que desse total: 62% já tinham identificado o autor no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil. Apenas 5% dos inquéritos foram julgados e tiveram uma sentença do júri.

“Tem dois principais gargalos, primeiro é quantidade que morrem ainda na fase policial e a segunda é a demora e poucos casos que são levados a julgamento. Além disso, é lamentável que em 2017 a gente não tenha um indicador nacional de como os estados estão no desempenho e no esclarecimento de homicídios”, afirmou Bruno Langeani , gerente de Justiça do Instituto Sou da Paz

“Se tratando de crimes de homicídio, a maior parte das provas precisa ser colhidas logo após a prática do crime. É na cena do crime que estão os vestígios que irão desaparecer em poucos dias”, declarou o promotor Felipe Zilberman. “A condenação de um assassino no Tribunal do júri é fruto de um trabalho que não começa no plenário no dia do julgamento, ele começa lá atrás, logo após a prática do crime, um inquérito policial com uma boa investigação. Passados aqueles primeiros momentos, as provas se perdem na natureza e não é mais possível refazer”.


Segundo Bruno Langeani, a falta de desfecho gera sensação de impunidade aos familiares. “Se a gente não sabe quem são os autores, qual o contexto que esse crime foi feito e qual a motivação, é difícil prevenir novos casos”, ressaltou. Para ele é necessário aumentar os recursos da Policia Civil, aumentar efeitivo, perícia mais qualificada e digitalização do inquérito.

A Secretaria da Segurança Pública diz que o trabalho investigativo segue a lei vigente e que todos os inquéritos que são encaminhados ao ministério Público é que tiveram as provas consideradas deficientes. A SSP disse que 65% dos inquéritos por homicídio instaurados no DHPP foram esclarecidos entre janeiro e agosto desse ano e que nesse período houve uma redução de 76% dos homicídios dolosos em São Paulo se comparado com o ano de 2001, data do início das estatísticas.

Voltar


comente/critique essa matéria

 

 Confraria do Júri - Rua 6, s/nº, CPA - Cuiabá/MT