TJ-MG
A juíza sumariante do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Âmalin Aziz Sant’Ana, entendeu que há indícios de autoria e materialidade para que o jovem R.V.D.L. seja julgado por um júri popular. Ele é suspeito de dirigir embriagado, de ter participado de “racha” e causado acidente em que a namorada e um amigo, que estavam dentro do carro, morreram. O grupo voltava de uma boate na madrugada de 11 de dezembro de 2016, depois de passar o dia inteiro em outra festa de aniversário.
O acidente aconteceu na Avenida Tancredo Neves, na Pampulha, e quatro pessoas estavam no carro, que se chocou contra uma árvore. O motorista, na época com 18 anos de idade, e outro ocupante do veículo foram hospitalizados, mas sobreviveram à tragédia. O colega dele precisou amputar um dos dedos do pé por causa dos ferimentos graves.
Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), todos eles beberam na festa durante a tarde e também na casa noturna, em quantidade suficiente para a alteração da capacidade psicomotora. Para o MP, o motorista estava nitidamente embriagado e, na saída da boate, foi seguido por amigos em outro veículo. Quando transitavam pela Avenida Tancredo Neves, o jovem resolveu acelerar seu carro além dos limites legais.
No boletim de ocorrência, a Polícia Militar relatou que o motorista apresentava sinais de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro no local e no hospital.
O oferecimento da denúncia do MP à Justiça, que se segue ao inquérito da polícia, foi feito em maio de 2019. Na mesma data, a denúncia foi aceita. Agora, o jovem pronunciado pela juíza Âmalin Sant’Ana será julgado por duplo homicídio e por lesão corporal gravíssima. A data do julgamento ainda não foi definida.
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