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26/02/2021  - MP-GO: Denunciado pelo MP pela morte de opositor político é condenado a 20 anos de reclusão
 
MP-GO

Acolhendo tese do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o Tribunal do Júri da comarca de Mara Rosa condenou Waldivino José de Almeida a 20 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Na sentença, foi mantida a prisão preventiva do acusado durante a fase recursal. O crime reconhecido pelos jurados foi de homicídio duplamente qualificado, com agravantes, praticado contra o ex-prefeito de Estrela do Norte Geraldo Nicolau Filho, em 2015. Os envolvidos foram denunciados à época pela promotora de Justiça Cristina Emília França Malta.

A acusação no Tribunal do Júri foi feita pela promotora de Justiça de Mara Rosa, Antonella da Cunha Paladino, com apoio do promotor de Justiça João Marcos Ramos Andere, da comarca de Mineiros, e da assistente da acusação, a advogada Ana Amélia Paulino. A sessão foi presidida pelo juiz Flávio Fiorentino de Oliveira.

Entenda o caso

Waldivino José de Almeida é irmão do ex-prefeito de Estrela do Norte Wellington José de Almeida, cuja gestão se deu entre 2013 e 2015. Já a vítima foi prefeito da cidade entre 2001 e 2008, sendo noticiado que concorreria nas eleições, após o mandato de Wellington.

Conforme relatado nos autos, logo que tomou posse, Wellington José nomeou sua mulher, Elaine Cristina Vaz, para o cargo de secretária de Assistência Social, e a administradora de empresas Renata Pereira Rezende, como tesoureira do município.

Um outro irmão de Wellington José, Trajano José de Almeida, foi nomeado secretário de Saúde. Trajano é casado com Anésia Xavier. O casal, apesar de morar na casa de Wellington, mantinha amizade de longa data com Geraldo Nicolau Filho e sua mulher, Lucivânia. Dessa proximidade, surgiu um relacionamento extraconjugal entre a vítima e Anésia, iniciado em 2013.

O crime

A denúncia destaca que, no dia 1° de outubro de 2015, Anésia combinou de encontrar Geraldo Nicolau Filho no período da tarde. Assim, por volta das 13 horas, ele foi de carro para sua empresa, próxima ao trevo da cidade de Estrela do Norte. Enquanto isso, Anésia, que morava na casa do cunhado e então prefeito, se arrumava para sair. Esse fato foi percebido pelo filho adolescente do ex-prefeito, que presenciou a tia entrar em um carro, que, posteriormente, verificou-se ser da vítima. O rapaz, então, informou a mãe, a então primeira-dama, do fato.

O casal seguiu para um motel na zona rural de Mara Rosa, ocupando o quarto oito daquele estabelecimento. Enquanto isso, Elaine entrou em contato com a tesoureira e amiga Renata, combinando que Renata iria ao motel verificar se o veículo em que Anésia entrou estava no local.

Renata ocupou a garagem do quarto sete e constatou que o carro descrito pelo adolescente estava lá. Após isso, deixou o motel e comunicou a notícia a Elaine. Na sequência, ela e o marido Wellington foram para o local, ocupando a garagem do quarto sete. Cerca de 20 minutos depois chegou Waldivino José, estacionando na garagem do apartamento seis.

Posteriormente, os três se reuniram em um dos apartamentos, onde aguardavam a saída dos amantes. Geraldo, ao abrir o portão, avistou Waldivino e Wellington armados e também Elaine, que estava mais afastada, na tentativa de filmar o adultério.
Waldivino entrou em luta com a vítima e Wellington deu os primeiros tiros à queima-roupa. Waldivino, ao soltar a vítima, começou também a efetuar vários disparos, deixando-a caída morta no chão.

Elaine acompanhou toda a cena de longe sem intervir. Nisto, Anésia abriu a porta do quarto, sendo filmada pela cunhada. Elaine, Wellington e Waldivino seguiram para os carros e saíram do local.

Minutos depois, Anésia seguiu para a recepção, passando pelo corpo da vítima, seguiu para um posto abandonado próximo ao motel, onde seu irmão foi buscá-la.

Outros denunciados

A ação penal movida pelo MP-GO foi desmembrada, tendo como réus também Wellington José de Almeida e a mulher, Elaine Cristina Vaz, assim como a amiga do casal Renata Pereira Rezende. Todos eles ainda aguardam julgamento, sendo que o casal continua foragido e Renata, depois de alguns meses presa, espera o julgamento em liberdade.

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