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05/12/2019  - Em seminário no CNMP, Luiza Brunet pede carinho e respeito a mulheres que denunciam violência doméstica
 
CNMP

“É muito difícil denunciar um homem com quem você compartilha a sua vida. Nesse momento, a mulher tem que ser amparada com amor, carinho e respeito, sem nenhum julgamento, para que ela não desista de fazer a acusação por medo ou vergonha”. A declaração é da atriz e modelo Luiza Brunet, uma das convidadas a falar no 3º Seminário Internacional Brasil-União Europeia sobre prevenção à violência doméstica, promovido, nesta terça-feira, 3 de dezembro, pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais (CDDF), e pela União Europeia, no âmbito do projeto da Iniciativa de Apoio aos Diálogos Setoriais UE-Brasil. O evento ocorreu no auditório do CNMP, em Brasília.

Luiza Brunet foi uma das integrantes do painel “Envolvimento da iniciativa privada e sociedade civil no combate à violência doméstica contra a mulher”, moderado pelo conselheiro do CNMP Luciano Nunes Maia. Ativista na temática, ela deixou a mensagem às mulheres de que, caso sofram esse tipo de violência, é possível recuperar-se com integridade e dignidade.

“Nós ficamos doentes e inseguras após a violência, com medo dos julgamentos das pessoas, mas o tempo passa e é possível readquirir a confiança, empoderar-se, perder a vergonha e ganhar a capacidade de falar. Eu consegui força com a ajuda de mulheres maravilhosas que me deram a mão e disseram que eu superaria. Hoje, digo que nunca me senti tão feliz, útil e plena”, falou Luiza Brunet.

Ao lado da atriz e modelo, esteve a promotora de Justiça do Estado de São Paulo Gabriela Manssur, que atua na área de violência doméstica. Ela fez uma reflexão sobre o trabalho do Ministério Público nessa temática, defendeu a realização de parcerias público-privadas para o combate a esse tipo de crime e deixou uma mensagem de coragem a todas as mulheres.

“Minha missão é nunca deixar que uma mulher pare de sonhar por causa da violência que sofre, porque todos e todas nós temos o direito de ser feliz. E alcançar a felicidade dá trabalho, além de ser preciso coragem, não ter medo e seguir em frente. Peço mais engajamento do Ministério Público e do Poder Judiciário, pois somos a máquina que faz valer a Lei Maria da Penha. Sei que eu e meus colegas podemos mudar o mundo”, afirmou.

Outro painelista foi o presidente da Avon e conselheiro do Instituto Avon, José Vicente Marino, que falou principalmente sobre a Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Lançado em agosto de 2019, esse movimento já tem 86 companhias signatárias e quer mobilizar as empresas a manterem ambientes de trabalho seguros para as mulheres, sem assédio sexual e moral, e a oferecerem apoio às colaboradoras que sofram violência doméstica. “É uma iniciativa colaborativa para engajar os líderes do setor privado a garantirem um compromisso voluntário pelo fim da violência contra a mulher. Isso, economicamente, faz sentido para as empresas”, explicou Marino.

Ao longo do dia, a programação do seminário contou com a divulgação dos resultados do Formulário Nacional de Risco e Proteção à Vida (FRIDA) e com painéis que discutiram tendências, mecanismos e formas de atuação do Estado, da sociedade civil e da iniciativa privada no combate à violência doméstica contra a mulher. Houve a participação de especialistas nessa temática da Holanda, Espanha, Áustria, Portugal e Brasil.

No encerramento do evento, o presidente da CDDF/CNMP, conselheiro Valter Shuenquener, afirmou que “o seminário foi muito produtivo e nos permitiu ter acesso a informações muito interessantes de diversas instituições e a diferentes formas de compreender o problema da violência doméstica. Fico na torcida para que tenhamos outros encontros a fim de continuarmos nessa caminhada tão importante que é o enfrentamento dessa mazela que atinge o mundo todo”.

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