TJ-MG
Será levado a júri popular o homem acusado de matar a facadas a ex-companheira no bairro Trevo, em Belo Horizonte, em setembro de 2019. A sentença de pronúncia foi proferida pela juíza sumariante do 2º Tribunal do Júri da capital, Âmalin Aziz Sant’Ana. A sessão de julgamento ainda não tem data designada.
Segundo denúncia do Ministério Público (MP), os dois viviam como casados, mas o relacionamento estava próximo do fim, já que a vida conjugal foi marcada por diversas agressões por parte do companheiro. A vítima morreu depois de receber oito facadas, a maioria delas pelas costas.
Quatro testemunhas e a filha do casal foram ouvidas durante a instrução do processo. As provas revelaram que, antes do crime, o rapaz já demonstrava comportamento obsessivo e estava envolvido com drogas e com roubos.
Uma das testemunhas contou que o acusado ficou preso por mais de um ano e a mulher o visitava todos os domingos. Ela já havia recomendado que ele “andasse na linha”, após ser solto. Na véspera do assassinato, os dois discutiram porque a vítima encontrou pinos de cocaína na carteira dele.
Confissão
Em depoimento à Justiça, F.L.C. confessou a execução e disse que esfaqueou a companheira porque descobriu ter sido traído. Ele foi preso dois meses após o crime, e a juíza determinou a manutenção da prisão até a data do julgamento.
O acusado será julgado pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, concomitante com crime de feminicídio cometido no contexto de violência doméstica (art. 121, § 2º, incisos IV e VI, c/c § 2º-A, I, ambos do Código Penal).
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