MP-RS
Diante do aumento do número de casos de feminicídio registrados no Rio Grande do Sul em 2020 e especialmente no período de isolamento social decorrente da pandemia da Covid-19, o Ministério Público e a Polícia Civil estão buscando uma maior integração no enfrentamento a esse tipo de crime. Na última quinta-feira, 14, foi realizada uma reunião virtual da qual participaram os promotores de Justiça e os delegados de Polícia com atribuição na área.
O coordenador do Centro de Apoio Criminal e de Segurança Pública, promotor de Justiça Luciano Vaccaro, destaca a importância de reunir todos os atores das duas instituições, no que tange os crimes de feminicídio, tentado e consumado, para solucionar as dificuldades das investigações realizadas pela PC e do MP, em relação aos inquéritos criminais que recebe. “Buscamos essa união de esforços, objetivando a qualificação da prova nestes inquéritos e, como consequência, obter melhores resultados na persecução penal”, salienta.
Vaccaro ressalta também que, a partir da criação do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis, sob o comando do delegado Thiago Albeche, que abriga os crimes de violência doméstica e feminicídio, o MP e a PC têm buscado o objetivo comum de promover melhorias no trabalho desde o início, na coleta de provas testemunhais e periciais. “É isso que vai possibilitar ao MP melhores condições de atuar, obtendo resultados mais exitosos a partir das investigações, com a denúncia, o processamento e até o julgamento perante o Tribunal do Júri”, afirma.
Além de Vaccaro, estiveram presentes na reunião os promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari, Luciane Feiten Wingert, André Martinez e Luiz Eduardo Azevedo, da Promotoria do Tribunal do Júri de Porto Alegre; e os delegados de Polícia Thiago Albeche, Tatiana Bastos, diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher o Departamento e titular da 1ª DP Especializada de Atendimento à Mulher, e Karina Heineck.
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