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28/01/2025  - MPGO: Réu é condenado a mais de 60 anos de prisão por morte de três homens
 
MPGO

Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), José Nilton Corino de Araújo foi condenado pelo Tribunal do Júri de Porangatu pelo homicídio, vilipêndio e ocultação de cadáver das vítimas Raí Nunes da Silva, Lucas Borges e Marciano Francisco. Também foi condenado por fraude processual.

Na sentença, foi imposta a ele a pena de 57 anos e 16 dias de reclusão pelo triplo homicídio, mais 4 anos e 23 dias de detenção e 66 dias-multa, além do pagamento de R$ 150 mil aos herdeiros de cada vítima, por danos morais. As condenações ocorreram após dois dias de sessão do júri popular, concluída no último dia 23 de janeiro.

A acusação foi sustentada no julgamento pelo promotor de Justiça João Pedro Soares, em sessão presidida pelo juiz Vinícius de Castro Borges. Um dos réus denunciados no caso acabou absolvido no julgamento. Uma outra pessoa denunciada por participação nos crimes teve o processo desmembrado e será julgada em outra ocasião.

De acordo com a denúncia, oferecida pelo promotor de Justiça Rafael Correa Costa, os crimes ocorreram num intervalo de três dias, na zona rural de Porangatu. Os primeiros crimes, conforme o relato, aconteceram no dia 9 de fevereiro de 2023. Segundo a peça acusatória nesta data, após as 3 horas, o réu, de forma consciente e voluntária, mediante dissimulação (simulação de parceria e realização de ardil para atrair a vítima) e por motivo torpe (desavença por conta do tráfico de drogas), matou Raí Nunes da Silva, com um disparo de arma de fogo. Conforme provas coletadas na investigação, o cadáver dessa vítima foi vilipendiado (degradado).

Também no dia 9, Lucas Borges de Azevedo foi morto pelos mesmos motivos, com vários disparos de arma de fogo. Já no dia 12 de fevereiro de 2023, no período da manhã, também na zona rural de Porangatu, José Nilton e outra pessoa teriam vilipendiado o cadáver de Lucas Borges, mas essa acusação foi rejeitada pelo júri. Tanto as vítimas Raí e Lucas tiveram seus corpos ocultados.

Crimes têm relação com tráfico de drogas na região

O réu também respondeu sendo condenado pelo homicídio qualificado de Marciano Francisco da Silva Souza. De acordo com a peça acusatória, no dia 13 de fevereiro de 2023, na zona rural de Porangatu, após as 4 horas, José Nilton e outra pessoa mataram Marciano Francisco da Silva Souza, mediante disparos de arma de fogo, que ocasionaram politraumatismo na cabeça e no tórax, que foram causa eficiente de sua morte.

Essa vítima também teve seu corpo vilipendiado, o que foi reconhecido pelos jurados. Em idênticas circunstâncias de tempo e local, o cadáver de Marciano foi ocultado, tendo essa conduta sido imputada a José Nilton. Nesse episódio, também foi reconhecido crime de fraude processual, cuja finalidade seria destruir provas e impossibilitar a realização de perícia. A fraude consistiu em lavar com bucha e sabão o interior do veículo (um Vectra), bem como queimar os carpetes do automóvel, com fim de eliminar manchas e sinais de sangue e outras provas, inviabilizando a realização de eventuais perícias.

Todas as ações, conforme descrito na denúncia, ocorreram devido à disputa pelo tráfico de drogas em cidades do Norte do Estado de Goiás, havendo indícios de que réu e vítimas teriam relações com a organização criminosa.

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