MPRS
Após denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Uruguaiana, o Tribunal do Júri condenou a 26 anos de reclusão nesta quinta-feira, 23 de janeiro, por feminicídio consumado, com qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima durante o repouso noturno e furto, homem que matou a ex-companheira a facadas no dia 7 de abril de 2022. O MPRS irá recorrer da pena.
Na ocasião, por volta das 5h da manhã, o criminoso arrombou a porta da residência da vítima e, ao ingressar no imóvel, a atacou com arma branca inclusive no coração, causando-lhe a morte e fugindo logo após o crime, levando o celular e relógio da mulher. Mais tarde, foi localizado e preso em flagrante pela polícia.
Conforme a denúncia do MPRS, o crime foi cometido porque ele não aceitava o término do relacionamento amoroso com a vítima, e por ela ter cessado os auxílios financeiros que prestava ao homem. Além disso, foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que invadiu a casa e a atacou enquanto dormia.
Por fim, o crime foi praticado contra mulher por razões da condição do sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar.
“O Ministério Público entende que a condenação severa de feminicidas contribui para evitar que outras mulheres percam suas vidas de forma tão cruel e dolorosa. Agora, os familiares da vítima podem respirar em paz sabendo que a justiça foi feita”, destacou a promotora de Justiça Maura Lelis Guimarães Goulart, que atuou em plenário juntamente com o promotor Caio Isola de Aro.
“Embora com a efetiva justiça realizada pela comunidade de Uruguaiana, resta a insatisfação com a pena aplicada, que segue a linha da brandura de parcela da Justiça com perigosos criminosos, razão pela qual o MP irá apelar”, explica o promotor.
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